No dia 21 deste mês foi realizado um treinamento com os colaboradores da Santa Casa para aprenderem a utilizar o novo Protocolo de Saúde Mental, criado pela própria equipe da Irmandade a fim de observar e diagnosticar precocemente casos de pacientes que precisam de atenção e tratamento psicológico.
A psicóloga da Irmandade, Amália Poloni Bruzadelli, conta que o intuito deste protocolo é o cuidado, segurança e bem-estar dos pacientes da Irmandade. “Como estamos no Janeiro Branco, como uma forma de mostrar que a Santa Casa se preocupa com os pacientes, nós da Psicologia juntamente com o diretor técnico, Dr. André, a equipe de enfermagem, a Diretora Assistencial Josiane Celis e com auxílio do setor da Qualidade, montamos um protocolo de Saúde Mental para todos os pacientes aqui do Hospital. É uma avaliação bem específica feita pela equipe multidisciplinar analisando cada caso e o principal intuito é o cuidado, segurança e bem-estar do paciente, observando as questões emocionais dele, além de auxiliar também a família e acompanhantes deste”, declara Amália.
A psicóloga conta também sobre o treinamento realizado com os colaboradores da Irmandade. “Nós fizemos um treinamento com a equipe multidisciplinar, principalmente com pessoal da enfermagem para saberem quando será necessário ou não entrar com esse protocolo de Saúde Mental. Nós sabemos que, independente do diagnóstico do paciente, é normal que ele se sinta fragilizado, muitas vezes ansioso e deprimido, e é por casos assim que esse protocolo foi criado. Ele auxiliará na conduta médica e também nas questões emocionais que podem já vir acontecendo há algum tempo e que uma internação isso tudo pode acabar se aflorando”, acrescenta a psicóloga.
O novo Diretor Técnico da Santa Casa, Dr. André Reis, que assumiu o cargo no início de 2022, foi o idealizador deste protocolo e explica um pouco mais sobre como funcionará. “Este acompanhamento na literatura médica já é uma coisa consagrada e em grandes hospitais também. Existe um time de resposta rápida que é formado principalmente por enfermeiras e pelo grupo de psicólogos do hospital que, através de instrumentos simples, como pequenos questionários a beira de leito ou observação de determinadas alterações na personalidade do paciente, eles podem chegar a intervir de uma maneira mais precoce e essa intervenção ajuda a instituir um tratamento adequado, seja ele medicamentoso ou seja ele apenas de orientação psicológico, evitando um desfecho negativo para o doente no que diz respeito à saúde mental dele. Portanto, a equipe está acompanhando o paciente e, caso identifique algo, lançará esse aviso para o grupo de psicólogos que irá avaliá-lo. Se o psicólogo entender que esse paciente precisa de um atendimento médico, aí o médico será acionado’’ finaliza o doutor.