Na tarde da última sexta-feira, 26, a cadela Sissi, do Projeto CãoTerapia, realizou a sua última visita ao pacientes da Pediatria da Santa Casa. Sissi está doente e não poderá mais realizar os trabalhos no Hospital, mas o projeto continuará acontecendo, agora com os cães Bonita e Nagay. A CãoTerapia, da veterinária Maura Pelegrinni e do adestrador Fabiano Pelegrinni, atua no Hospital desde 2019, fazendo um lindo trabalho de visitação com os pacientes da Santa Casa.
Antes da visita à Pediatria, quando Sissi entrou no hall do Hospital, os funcionários fizeram uma surpresa, batendo palmas e gritando o nome da homenageada, que ganhou uma linda medalha concedida pelo Setor de Comunicação e entregue pela gerente Comercial da Irmandade, Thabata Ferrari. Já Maura e Fabiano receberam, das mãos da psicóloga Amália Poloni Bruzadelli, um certificado exclusivo agradecendo por todo trabalho realizado pela CãoTerapia desde 2019 na Santa Casa.
A médica veterinária e tutora da homenageada, Maura Pelegrinni, se emocionou muito nessa despedida de Sissi. “O coração fica triste. Ela é a nossa ‘cachorrinha’ mas deixo um alerta para as pessoas realizarem exames periódicos nos seus animais de estimação. Eu como médica veterinária percebi que a Sissi estava com um problema de saúde, porque a barriga dela aumentou de tamanho e não apresentou mais nada. Ela está com uma condição hepática que não produz mais algumas enzimas importantes, então ela fica cansada, na última visita que ela tinha feito na Santa Casa ela já não conseguia mais andar, achamos que era a idade, mas não era só isso. Ela passou por check up e descobrimos essa condição. De qualquer forma, estamos aqui muito felizes com a homenagem, já que ela sempre gostou muito de visitar a Santa Casa”, relata Maura.
A veterinária lembra que o Projeto CãoTerapia ganhou recentemente o Prêmio Assis Chateaubriand de Responsabilidade Social e é uma prática reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. “Nós desenvolvemos esse projeto quando recebemos a tutela da Sissi. Ela foi uma doação quando eu fui fisioterapeuta dela e acabamos recebendo a tutela. O Fabiano, que é o adestrador, a treinou para que ela pudesse visitar a Santa Casa sem que isso causasse algum risco para as pessoas e para ela. Então, a partir de 2019, nós começamos a visitar o Hospital, mas antes disso nós já visitávamos outras instituições aqui na cidade e graças a algumas pessoas e ao Rafael, assessor de Comunicação da Santa Casa, nós conseguimos ter acesso ao Hospital e desenvolvemos um protocolo sanitário para que essa visita fosse segura tanto para a Sissi quanto para os pacientes”, explica Maura.
O assessor de Comunicação da Santa Casa, Rafael dos Santos Pasqua, conta que a CãoTerapia é um projeto muito importante do Hospital e que essa homenagem à Sissi é o mínimo que podia ter sido feito após ela trazer tanta alegria para pacientes e funcionários. “Desde que começou a CãoTerapia aqui na Santa Casa no ano de 2019, a Sissi virou um sucesso absoluto entre pacientes e, principalmente, entre os funcionários, que criaram um grande amor por ela. Infelizmente ela não vai vir mais ao Hospital, mas, apesar da doença, ela está bem e isso que importa. Para nós que vamos ficar ‘órfãos’ da Sissi resta o consolo que a CãoTerapia continua, agora com a golden Bonita e o shitzu Nagay, que permanecerão realizando esse trabalho tão bonito aqui”, diz Rafael.
A CãoTerapia e os benefícios para os pacientes
A psicóloga da Santa Casa, Amália Poloni Bruzadelli, assim como o restante da equipe de Psicologia, acompanha todas as visitas do Projeto CãoTerapia no Hospital e conta que, além das visitas na Pediatria, sempre é um escolhido um setor diferente para que a Sissi, e agora a Bonita e o Nagai, possam levar alegria, muitas vezes para pacientes que estão sem acompanhantes, ou que não tem acompanhantes 24 horas.
“É momento que o paciente se abre, conversa com a gente e nós conseguimos acessar o paciente também, então é muito positivo. É uma troca genuína, os cachorros dão carinho e recebem carinho de volta também. A hora que entramos no quarto do paciente com qualquer um dos três, seja com a Sissi, Bonita ou Nagay, o sorriso é instantâneo. Tanto o paciente quanto o acompanhante já abrem um sorriso, então a gente consegue ver uma troca”, revela Amália.
A Psicóloga destaca ainda que, apesar do foco principal do projeto ser os pacientes, os colaboradores acabam se encantando a cada visita. “A Sissi para os corredores onde passa, todos querem tirar fotos, fazer carinho, ela muda o dia da gente. É um momento de distração para podermos respirar um pouco e voltar a trabalhar de uma maneira mais calma, positiva e com alegria”, finaliza Amália.