Através de seu superintendente, Ricardo Sá, a Santa Casa de Poços de Caldas manifestou apoio campanha intitulada “Chega de Silêncio”, promovida pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), com o objetivo de atrair olhares para a crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico.
Nesta terça-feira (19), mais de mil hospitais filantrópicos suspenderam os atendimentos eletivos não urgentes por 24 horas com o objetivo de chamar atenção para a situação crítica dos hospitais filantrópicos no país. De acordo com a CMB, nos últimos seis anos, 315 hospitais filantrópicos foram fechados devido à crise financeira. Situação que se agravou com a pandemia da Covid-19, que elevou a demanda e os custos, fazendo com que a dívida do setor superasse a marca de R$ 20 bilhões. Um aporte emergencial de R$ 2 bilhões foi anunciado pelo Governo federal em maio do ano passado, mas, até o momento, não foi efetivado.
O superintendente da Santa Casa de Poços, Ricardo Sá, em nome da Irmandade, manifesta todo o apoio à causa, mas explica porque a Santa Casa de Poços não aderiu à suspensão das cirurgias eletivas. “A Santa Casa apoia integralmente tudo aquilo que a Federassantas anuncia a respeito dos prejuízos que todas as Santas Casas e hospitais filantrópicos estão tendo. Apoiamos a necessidade de aporte de recursos do Governo Federal para cobrir o rombo que todas as Irmandades sofreram durante a pandemia da covid-19, que abalou financeiramente todos os hospitais filantrópicos do país. Entretanto, apesar de todo apoio que damos a Federassantas, a Santa Casa de Poços não vai fazer nenhuma paralisação de cirurgias eletivas pois sabemos que há muitas pessoas precisando delas. As cirurgias eletivas ficaram paralisadas por 2 anos, as filas de espera ficaram imensas e sabemos a quantidade de pessoas que estão precisando dessas cirurgias. Então, da mesma forma que somos solidários às intenções e ações da Federassantas, também somos solidários à população. Portanto, a Santa Casa de Poços não fez nenhuma paralisação ou redução de suas internações e cirurgias eletivas, mas presta todo o apoio a campanha”, finaliza o superintendente.