Santa Casa apresenta números positivos na redução dos índices de infecções em 2019

 

Na manhã desta quinta-feira (23), no Centro Acadêmico do Hospital,  a equipe da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares da Santa Casa (CCIH) apresentou os indicadores de resultados de 2019. Conforme vem acontecendo nos últimos anos, há reduções significativas no número de infecções dentro da Irmandade. 

Foi registrada taxa geral de infecções de 4,77, uma redução de 12%. Nos últimos cinco anos foi a mais próxima da meta, que é de 3%. Só na UTI, houve uma redução de 20% na taxa de infecções. Houve também uma redução de 29% das infecções primárias de corrente sanguínea.

O médico infectologista, Dr. Mario Krugner, responsável pela CCIH do Hospital, salienta que esses indicadores refletem a qualidade da assistência prestada no Hospital. “O que a gente vem percebendo ano a ano é que está existindo uma redução na taxa de infecção, mesmo com os pacientes com doenças importantes, pacientes moribundos. Estamos conseguindo sensibilizar as pessoas, sensibilizar nossos colaboradores, da importância da higienização das mãos, das medidas de precaução, para que a gente minimize as infecções hospitalares”, explica Dr. Mario. 

Entre as ações realizadas no ano passado que ajudaram a chegar nesses números positivos  estão: o acolhimento da residência médica, a realização de 72 integrações com 363 funcionários, educação continuada sobre prevenção de infecções, higienização das mãos, isolamentos, entre outras.  

O diretor técnico do Hospital, Dr. Alberto Volponi, lembra que também  foi muito significativa a redução de infecção por cateter, infecção gravíssima, que gera um custo altíssimo para o Hospital com antibióticos e reduziu 25%. 

“O Dr. Mário Krugner mostra o gráfico e você vê que está decrescendo o índice de infecção ao longo dos últimos quatro anos. É um trabalho que exige muito empenho, porque você tem que envolver todos os funcionários do Hospital, não é uma transformação rápida, mas a gente vê quantas campanhas foram feitas, quantas atividades foram feitas, o quanto se tem buscado a implantação de novas tecnologias, novos tipos de equipamentos, mudança de curativo, mudança em material para assepsia. Tudo isso tem sido feito, o Hospital está bancando e a gente começa a ver a redução. Algumas coisas escapam, nada importante e a gente está vendo uma melhora progressiva, mas é uma mudança de cultura, por isso que o processo é lento”, afirma Dr. Alberto.

 

Redução de Custos

 

Outro grande feito  foi a economia de quase R$ 55 mil reais com a padronização da preparação alcoólica para antissepsia pré-cirúrgica das mãos. Com esta implantação, os gastos com alguns materiais como esponjas de clorexidina e compressas,reduziram drasticamente ,assim como a redução de resíduos e consumo de água.

“Desde que nós assumimos o Hospital, nossa intenção é a melhoria na qualidade dos atendimentos e melhoria na qualidade dos produtos. Com isso, esses índices têm melhorado. Chegamos a um patamar  bastante satisfatório. Ainda não é o ideal, aquilo que nós almejamos, porém falta muito pouco para atingirmos o patamar exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, conta o superintendente da Santa Casa, Dr. Azér Elias Zenun Junqueira.

Dr. Azér destaca ainda o respaldo do Hospital para que esses resultados fossem alcançados.  “Nós mudamos materiais de insumo, materiais de higienização, os procedimentos foram modificados dentro da técnica exigida pela Vigilância Sanitária, pelo Conselho Federal de Medicina e pela OMS. Apesar de todas as nossas dificuldades financeiras e dificuldades de infraestrutura no Hospital,  temos dado todo o suporte. Mudamos todos os produtos para produtos de melhor qualidade, para que nós possamos chegar a cada dia em uma qualidade melhor, em benefício dos usuários deste Hospital” , completa Dr. Azér.