Setor de Lavanderia da Santa Casa lava em média 70 toneladas de roupas por mês 

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Setor fundamental para o funcionamento da instituição, a Lavanderia da Santa Casa conta com 24 colaboradores que trabalham 24 horas por dia, lavando uma média de 70  toneladas de roupas por mês. A parte da costura, conta com apenas duas funcionárias, dona Gessi e dona Rosa, que confeccionam as roupas para todo o Hospital, cerca de 300 peças por mês, fora os consertos, que chegam a 1.700 mensalmente.
O processo na lavanderia não é um processo simples. Os funcionários se dividem entre a área suja e a área limpa, a roupa toda é lavada separada e a caldeira proporciona água quente para facilitar a desinfecção.
“O sabão que a gente usa já é um sabão que faz a desinfecção, temos nossa caldeira e trabalhamos com alta temperatura, o que ajuda muito. Os produtos químicos são muito mais baratos quando o serviço é feito com a temperatura elevada. Daí a importância da caldeira. A roupa é separada por setor de origem antes de entrar no processo de lavagem, por exemplo, quando vem do Centro Cirúrgico a gente lava apenas do Centro Cirúrgico”, explica a encarregada do Processamento de Roupa da Santa Casa, Dona Rosa Maria de Souza.  

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Parte da equipe da lavanderia 

Cuidado  

O trabalho na Lavanderia é feito com tanto carinho que há equipamentos que estão lá desde a inauguração do atual prédio da Santa Casa na praça Francisco Escobar, em 20 de maio de 1962, portanto há 48 anos. 
“Tem  máquina que funciona aqui desde quando abriu a Santa Casa, uma secadora, a calandra de passar roupa e uma centrífuga. As outras estão aqui há muitos anos também. Elas não dão muitos problemas, mas quando acontece alguma coisa a turma da Manutenção ajuda muito e rapidamente elas estão funcionando de novo”, conta dona Rosa, que, no próximo dia 28, completa 45 anos de serviços prestados à Santa Casa. 
“Eu entrei aqui no Hospital no dia 28 de  fevereiro de 1975. Sempre trabalhei na Lavanderia, na época eram as irmãs que trabalhavam. Eu ajudava muito as irmãs, quando elas  foram embora não colocaram ninguém no lugar e como eu sabia tudo, eu fui ficando. Eu era costureira e quando o Carlão entrou aqui falaram pra ele que eu é que fazia tudo e ele me tornou encarregada”, relata dona Rosa, que mesmo na posição de chefe nunca deixou de pegar no serviço pesado. 

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Sozinhas, dona Gessi e Dona Rosa costuram as roupas de todo o Hospital


“Eu sempre trabalhei, não fico só tomando conta do setor: na costura, eu corto todas as roupas, conserto, ajudo as meninas quando elas precisam, quando alguém fica doente...  De papel, documentos eu nem entendo muito. Quando entra um administrador novo no Hospital eu vou logo falando que meu trabalho é braçal. Não mexo nem em computador, nem em celular, meu telefone é só para atender e ligar e olhe lá”, se diverte dona Rosa que, trabalha em uma pequena sala escondida no meio do Hospital, ao lado de dona Gessi. “Com os anos a quantidade de roupa aumentou muito. Aqui na costura só trabalham eu e a Gessi. Nós fazemos os uniformes para todos os funcionários e a administração só compra o pano. O resto a gente faz aqui: lençol, forro, fronha, as roupas cirúrgicas, tudo. Então, você faz tudo, você lava tudo, tem que secar tudo, embalar tudo direitinho, para quando o funcionário chegar estar tudo pronto para usar. É bastante serviço, tem hora que tem mais serviço do que gente, mas nos ajudamos aqui e alí e acaba que damos conta”, revela dona Rosa, que faz questão de exaltar o belo trabalho de sua equipe.    
“As meninas que trabalham comigo são muito responsáveis, fazem o serviço todo direitinho, se não tivesse essa responsabilidade não dariam conta. É o que eu falo, aqui na Lavanderia o serviço tem que fazer, porque a roupa vem e você tem que lavar tudo, ela sai você tem que passar tudo, porque o pessoal no outro dia precisa da roupa”, finaliza a encarregada do Processamento de Roupa da Santa Casa.

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A calandra de passar roupa está no Hospital desde sua inauguração, em 20 de maio de 1962