Funcionários da Santa casa recebem treinamento intensivo para receber casos de Covid-19

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A equipe da  Comissão de Controle de Infecção Hospitalar  da Santa Casa de Poços de Caldas (CCIH), em parceria com a equipe de Psicologia e da Segurança do Trabalho (Sesmt), está realizando treinamentos intensivos com os colaboradores para que eles  possam trabalhar de forma segura durante essa pandemia de Covid-19. 

Além das palestras em cada setor com o médico infectologista Dr. Mário Krugner e com a equipe de psicólogos e da Segurança do Trabalho, foram produzidos cartazes e vídeos de de como usar os Epis, foram montados kits para pacientes com sintomas da doença e todos os funcionários estão usando os equipamentos de proteção da maneira correta.

“Em uma ação conjunta da CCIH, do serviço de Psicologia e do Sesmt, nós passamos por todos os setores tentando abranger tanto as equipes assistenciais, quanto as equipes de apoio, como a higienização, serviços administrativos, entre outras. Falamos como é o mecanismo do vírus, a maneira de propagação do vírus, as maneiras de prevenção, tanto no ambiente fora do Hospital, quanto no ambiente intra-hospitalar, tentando minimizar um pouco os temores que o pessoal tem vivenciado. Orientamos bastante a respeito da higienização das mãos, do uso adequado dos Epis, de como entrar e sair do isolamento. Foram feitos cartazes, vídeos e comunicados internos. Elaboramos vários fluxos de admissão dos pacientes, tudo em consonância com os setores”, explica a enfermeira da CCIH, Priscilla Ariana. 

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Treinamento com a equipe da cozinha 

O engenheiro do trabalho do Hospital, Leandro Barzagli, salienta que o intuito maior nesse momento é a proteção do funcionário. “Estamos orientando a utilização de Epis, que são os equipamentos de proteção individual dos funcionários. Com a utilização de forma correta eles vão estar seguros. Muitas pessoas na sociedade tem medo, o que é natural, mas acabam adquirindo e usando os EPIs de forma indiscriminada e até de forma incorreta, isso faz com que falte a quem realmente precisa, acarretando também na elevação do preço, ocasionando problemas na proteção de quem realmente precisa. O uso do Epi é para utilização conforme suspeita ou tratamento. As outras pessoas não tem essa necessidade, elas podem se prevenir de outra forma, com distanciamento, higiene e com a utilização de outros tipos de recurso, mas não com utilização da máscara PFF2 ou N95 por exemplo, que é uma respirador para o profissional quem está no tratamento e intervenções junto a pacientes que possuem o vírus. Utilização do óculos ampla visão ou facial  também é uma medida de proteção para quem está com esse tipo de contato”, explica o engenheiro do trabalho.

Usando o medo a favor


Nesse plano de ação em conjunto, a busca é cuidar integralmente dos funcionários. Por isso, a equipe de Psicologia do Hospital mostra que da mesma forma que é  importante passar as informações quanto ao uso de Epis, é importante também orientar como cuidar da saúde mental nesse momento. 

“Nós profissionais da saúde não podemos adoecer emocionalmente.  Por isso, a equipe de psicologia está realizando grupos de orientação com os funcionários de como cuidar do desconforto emocional causado pela pandemia. Conversamos muito sobre o medo, orientando que o medo é uma emoção inerente ao ser humano e que o primeiro passo para lidar com ele é aceitarmos a presença dele neste momento. Esse medo agora é nosso aliado, vai ajudar a nos proteger, a nos policiarmos nas lavagens das mãos,  uso do álcool gel e no uso correto dos EPIs. Se eu sinto medo, eu me cuido e também estou cuidando do outro”, explica a responsável pelo Serviço de Psicologia da Santa Casa, Maria julieta Vale Gouvêa, que lembra que esse medo não pode ser em excesso. 

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A responsável técnica pelo Serviço de Psicologia da Santa Casa, Maria Julieta Vale Gouvêa e a psicóloga Amália Poloni Bruzadelli falam à equipe da Cozinha 

“O que não podemos deixar acontecer  é que esse medo se apresente de forma exacerbada, precisamos trabalhar com a nossa flexibilidade cognitiva, ou seja, sempre pensar no que é possível e no que é provável. A partir do momento que eu consigo distinguir o meu medo em relação a tudo que pode acontecer e ao que realmente é real, consigo ter uma sensação de alívio em relação a isso, conseguindo manter um equilíbrio emocional, com isso posso evitar crises de pânico e ansiedade", finaliza a psicóloga.