Clínica da Dor e Comissão de Cuidados Paliativos buscam amenizar sofrimento dos pacientes

foto 1

 

Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, aumentar a rotatividade dos leitos e assim poder atender mais pessoas, a Santa Casa trouxe para Poços a Clínica da Dor que, trabalhando junto com a Comissão de Cuidados Paliativos, tem trazido grandes resultados, principalmente em  pacientes oncológicos. 

O diretor técnico do Hospital, Dr. Alberto Volponi, explica que a Comissão de Cuidados Paliativos já existe há 3 anos e agora ganhou um grande aliado com a Clínica da Dor, que está sob a responsabilidade da médica anestesiologista, Dra Mariana Oliveira Ferreira.    

“O serviço de cuidados paliativos só vem agregar e está crescendo cada vez mais nos hospitais. A paliatividade entra quando não existe mais o recurso de cura terapêutica. Quando você não consegue resolver definitivamente o caso do paciente, você cria para ele alternativas de melhorar qualidade de vida, evitar procedimentos desnecessários, oferecendo algumas coisas a mais”, explica Dr. Alberto Volponi.  

O diretor técnico do Hospital exalta ainda a chegada da Dra. Mariana com a Clínica da Dor vem ajudar ainda mais esse processo. “Com a entrada da Dra. Mariana, que é anestesiologista e tem  uma especialização em dor, muitos pacientes que as vezes não conseguiam sair do Hospital porque estavam tendo que tomar morfina, por exemplo, ela consegue fazer bloqueios, procedimentos cirúrgicos que permitem que o paciente possa ter uma vida de mais qualidade, possa voltar para casa e reduzir esse uso de medicamentos. Para a Santa Casa, obviamente, quando você da alta para o paciente, você gera mais leitos e a capacidade de absorver mais pessoas, fazendo um  trabalho que, além de ser humanizado, ajuda na economia do Hospital”, afirma Dr. Alberto Volponi.

A Comissão de Cuidados Paliativos é formada pelo enfermeiro Guilherme Tavares de Oliveira, pela psicóloga Mariane do Nascimento Souza, pela Dra. Mariana Oliveira Ferreira e pela Dra. Ana Beatriz de Souza Fonseca, que destaca que o principal objetivo da Comissão é fazer com que o paciente tenha um maior tempo de vida, com qualidade e sem nenhuma intervenção que não venha gerar o conforto do mesmo.

“A gente vem fazendo esse trabalho juntamente com uma equipe especializada, junto com a médica da dor, junto com enfermeiro, psicólogo, visando o cuidado do paciente, principalmente o conforto, já que se trata de um paciente com perfil delimitação terapêutica devido a uma doença grave, sem possibilidade de cura, mas com a possibilidade de gerar conforto e qualidade de vida”, diz a Dra. Ana Beatriz.  

foto 2
Os entrevistados nesta reportagem:a médica anestesiologista, Dra. Mariana Oliveira Ferreira; o diretor técnico do Hospital, Dr. Alberto Volponi e a Dra. Ana Beatriz de Souza Fonseca   

Clínica da dor 

 

Implantada pela diretoria do Hospital há cerca de dois meses com a chegada da médica anestesiologista Dra. Mariana Oliveira Ferreira, a Clínica da Dor iniciou pela própria demanda dos pacientes, principalmente oncológicos, mas deverá  expandir para pacientes com outras enfermidades, como pacientes ortopédicos ou pacientes com tratamento neurológico. 

“Os pacientes do cuidado paliativo tem uma demanda muito grande no tratamento da dor. 

São pacientes que tem uma limitação de uso de medicação, que tem necessidade de procedimentos, de um cuidado maior, de uma atenção redobrada em cima desse problema que é a dor oncológica, ou ligada a outros problemas neurológicos. A Clínica da Dor surgiu para tentar tratar melhor esses pacientes que estão naquela situação que você não consegue tratar de modo convencional. São pacientes com uma demanda maior no tratamento de dor”, explica Dra. Mariana, que explica como funciona o processo de tratamento.   

“Nós temos o tratamento tanto clínico, que é por meio de medicações, como o tratamento intervencionista. O tratamento intervencionista pode ser por meio de bloqueios, neurólises, implantação de dispositivos que fazem a analgesia de pacientes, como catéteres, bombas de morfina  e outras medicações para otimizar os pacientes que têm dificuldades de tratar a dor por métodos convencionais. Nós temos uma gama de pacientes alta, que vem por meio de encaminhamento dos médicos oncologistas, ortopedistas, neuros, que encaminham os pacientes pra gente. Esses pacientes primeiro passam pelos seus médicos e vêm para cá quando o tratamento de dor convencional não tem resultado. Aí a gente entra com esse tratamento mais especializado”, relata a médica.